sábado, 10 de julho de 2010

Metas para o bom ensino



Você tem objetivos bem definidos quando ensina? Sabe ensinar realmente.
Quero sugerir três metas básicas:
Ensinar a pensar.
Nossa tarefa como mestre é distender a mente do aluno, que, por sinal, é como uma tira de borracha: depois que é esticada uma vez nunca mais volta exatamente a forma original.
Refiro-me a um processo trabalhoso de plantar sementes que irão germinar, e, o que é mais interessante, vão dar fruto. Quando? Nunca se sabe. E essa é a parte mais fascinante de todo o processo de ensino.
Os nossos melhores professores foram aqueles que plantaram em nossas mentes sementes, cujos frutos ainda estamos colhendo.
O conteúdo é importante, mas o bom ensino consiste de uma série de momentos em que o aprendiz se mostra predisposto a aprender. Devemos estar preparados para aproveitar bem esses momentos para levá-lo a pensar.
A segunda meta é ensinar os outros a aprender.
Isso significa formar aprendizes que reproduzirão o processo de aprendizagem pelo resto da vida.
Trata-se de um processo continuo sempre em andamento. Enquanto estivermos aprendendo estamos vivos. Se pararmos de aprender hoje, de certa forma paramos de viver amanhã.
Antes de ser professor, sou um aprendiz, um estudante ensinando estudantes. Estou dando continuidade ao processo de aprendizagem. E, vendo-me como estudante ao desempenhar meu papel de mestre, vou encarar o processo didático por um ângulo totalmente novo e pessoal.
Temos que estar sempre crescendo, sempre em transformação.
Terceira meta: ensinar os outros a trabalhar.
Parte do princípio pedagógico de não fazer para o aluno aquilo que ele pode fazer por si mesmo. Se o fizermos corremos o risco de formar “paraplégicos” e “deficientes” intelectuais.
No Parque Nacional de Yellowstone nos Estados UNIDOS recebe, à entrada, instruções: “Não dê comida aos ursos. Mas ao chegar ao coração da floresta encontramos pessoas dando comida para os ursos. Ao conversar com um dos guardas ele me falou que eu estava vendo apenas um lado do problema. No outono e no inverno eles encontram muitos desses Amin ais mortos por não saber mais caçar o alimento por si mesmo.
É isso que está acontecendo em nossas escolas.
Lembramos que sempre a nossa tarefa é levar os alunos a pensar por si mesmos, a ser disciplinados e a agir por uma deliberação própria.
Nossa função não é fornecer respostas rápidas e prontas, nem soluções tipo “alívio imediato”, que na prática não resolvem nada. É melhor que os alunos saiam da classe coçando a cabeça, cheios de certeza de que o aprendizado está se processando.

Fonte: Hendricks, Howard. Ensinando para transformar vidas. Ed. Betania. Belo Horizonte: 1991.
Lilian S Marques Thomaz - R.A: 1010373

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